quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Público comparece e lota cinema Benjamin Abrahão na primeira noite de NÓIA


Lotação de público na noite de abertura da 11ª edição do NÓIA realizado na Casa Amarela Eusélio Oliveira. Antes das 7h o público começou a aparecer de maneira um pouco tímida, ainda, olhando os stands e a decoração do evento. Mas após as 7h, com a liberação da sala de exibição da Casa, não houve mais acentos disponíveis no cinema Benjamin Abraão.

De acordo com o Coordenador Geral do Festival, Junior Ratts, “a expectativa foi atendida, temos um público legal, a casa está cheia! Eu estou muito feliz para o primeiro dia, foi muito difícil a produção do evento”. Ratts também falou que a cada ano o Festival vem se focando mais na exibição de filmes, a verdadeira essência do Festival.

A noite de abertura do NÓIA começou com as falas do diretor da Casa e cineasta Wolney Oliveira e do homenageado da noite o cineasta paraibano Bertrand Lira. Seguindo com a exibição de seus dois documentários: O Diário de Márcia e O Senhor do Engenho. Que contam, respectivamente, a história de um transexual, Márcia, em sua luta por aceitação e combate ao preconceito. E de um pequeno
agricultor que se tornou dono de um engenho após a derrocada da atividade canavieira no Nordeste.

Bertrand Lira, um dos homenageados do Festival NÓIA
Após falar sobre o interesse que tinha na proposta do Festival, que buscava demonstrar o trabalho dos o homenageado da noite, Bertrand Lira, falou sobre a emoção da homenagem “É uma honra muito grande para mim. Se não me engano, é a primeira homenagem que eu recebo em um festival. E ainda sendo de outro Estado, é mais surpreendente ainda. Além do mais de Fortaleza que é uma cidade que eu tenho o maior carinho. Eu fiquei muito feliz”, comemora.

Depois dos filmes de Bertrand, teve inicio a Mostra de Cinema Universitário com a exibição dos curtas: 100.000, de Andressa Back; Não Estou Aqui, de Marcus Curvelo; Celeiro de Seleiros, de Renato Fernandes; Através, de Amina Jorge e Os Grilos do Sul Gritam Aurora, de Lucas Sá.

Acerca da importância do NÓIA está sendo realizado na Casa Amarela, o diretor Wolney Oliveira comentou que: “é fundamental, considerando que a Casa é um dos primeiros centros de formação na área de audiovisual. Além do que o NÓIA surgiu do trabalho de três alunos de graduação da UFC do curso de Comunicação Social, e com o apoio da Casa, que na época não pode ser realizado aqui por que a Casa
precisou passar por uma reforma. Nós da Casa estamos felizes por ele ter voltado”.

O diretor também falou sobre a importância do NÓIA para o cinema nacional “Os festivais de cinema são fundamentais como fonte de encontro, de articulações, de co-produções. E o NÓIA que está chegando a sua XI edição, e é o segundo festival mais antigo do Estado, ficando atrás apenas do Cine Ceará, em minha opinião, já é um festival consolidado, na só local, mas nacionalmente”.

O Festival também contou com a presença do diretor Renato Fernandes que falou sobre a sua animação: “O Celeiro de Seleiro foi o meu projeto de conclusão de curso de Design na UFC – Campus Cariri. E ele foi baseado na obra do artesão Expedito Celeiro que trabalha fazendo calçados e bolsas com couro. A intenção do curta é mostrar a identidade visual do artesão e divulgar o seu trabalho”. O curta foi o primeiro filme do interior do Estado a ser exibido no NÓIA.

Outra que marcou presença na abertura do Festival foi à diretora do filme 100.000, uma das grandes atrações da noite. Ao falar sobre o filme Andressa disse que “quis colocar nele todas as coisas de uma pessoa que está saindo de um curso de comunicação. Uma reflexão sobre o porquê das imagens em um mundo saturado de imagens. Uma subversão da ordem”.

Após a exibição da Mostra Competitiva ouve um debate aberto ao público com os diretores Renato Fernandes e Andressa Back, com a mediação da Coordenadora de Audiovisual Camile Queiroz. Além dos diretores presentes, o debate contou com a participação via skype dos diretores Lucas Sá e Amina Jorge dos curtas "Os Grilos do Sul Gritam Aurora" e "Através" que concorrem na Mostra.

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